Temer afirma que interferir na Lava-Jato fere a independência dos poderes

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O presidente em exercício, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira (23/6), após cerimônia de entrega de credenciais para novos embaixadores, que “não há possibilidade de interferência do Executivo na Lava-Jato”. Segundo o peemedebista, o apoio à Operação, conduzida pelo juiz Sérgio Moro, deve ser verbal, e não de ação. “Porque, se eu induzir um apoio de ação e colocar o Executivo tralhando nessa matéria, estarei invadindo uma competências que, na verdade, é do Judiciário, de um lado, do Ministério Público, do outro, com o apoio da Polícia Federal”, justificou.
Segundo o presidente em exercício, se o Executivo participar diretamente da Operação, ele estará infringido o princípio da separação das atividades governamentais. Ele não quis comentar a prisão, na manhã de hoje, do ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, no âmbito da Operação Custo Brasil. Bernardo é marido da senadora Gleisi Hoffmann, que, na avaliação de aliados de Temer, sai muito enfraquecida deste episódio. Ela é uma das principais defensoras da presidente afastada, Dilma Rousseff, na comissão do impeachment que funciona no Senado Federal.
Temer comemorou o acordo de rolagem de dívidas fechado com os governadores no início da semana. E ressaltou que, a exemplo da União, os estados também deverão estabelecer um teto como limite para os gastos públicos. “Ao mesmo tempo, é bom destacar que, nesse brevíssimo período, resolvemos algo que durava mais de seis anos, que é a questão da dívida dos estados. Porque, afinal, nós precisamos garantir a sobrevivência dos estados”, declarou, acrescentando que acordo semelhante poderá ser negociados com os municípios.

Fonte: Correio Braziliense

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