PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa de Eduardo Cunha

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A busca na residência de Cunha foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta manhã de terça-feira (15/12). A PF também cumpriu mandados na casa do peemedebista no Rio de Janeiro e nas residências do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) e do senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Desde cedo, dezenas de viaturas e policiais fortemente armados cercam a residência oficial da presidência da Câmara, na Península dos Ministros, no Lago Sul. As buscas foram autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Eduardo Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro pela PGR nas investigações da Operação Lava-Jato. Beneficiado dos desvios da Petrobras, segundo dois delatores, ele teria recebido US$ 5 milhões em propina de contratos de navios-sondas. De acordo com a investigação, CUnha também teria lucrado com negócio fechado pela Petrobras na África, que teria abastecido contas no exterior mantidas por Cunha e familiares na Suíça.
Ele foi denunciado pela PGR ao Supremo há cerca de quatro meses. No entanto, o STF ainda não decidiu se acolhe ou não as denúncias.

Conselho de Ética
Com a troca na relatoria no processo de quebra de decoro que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responde no Conselho de Ética, a sessão desta terça-feira (15/12) do colegiado terá como foco a discussão sobre os prazos da representação. A cúpula do Conselho de Ética e o novo relator, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), trabalham para que não haja mais atrasos. Mas aliados de Cunha devem apresentar um pedido de vista, o que pode levar o processo à estaca zero.
Se aprovada, a iniciativa reinicia a discussão sobre admissibilidade do processo e posterga a votação do parecer para o próximo ano. Ontem, Cunha defendeu que cabe pedido de vista, mesmo que o novo relatório seja semelhante ao anterior. “No momento que houve troca de relator, voltou ao estágio inicial. Cercear meu direito de defesa não é uma coisa boa”, disse. De acordo com ele, qualquer interpretação diferente afronta o regimento da Câmara. Denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato, Cunha é acusado de mentir à CPI da Petrobras, ao negar ter contas no exterior.

Fonte: Correio Braziliense

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