Operação da PF com 250 policiais prende grupo de extermínio em RO

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A Polícia Federal (PF) de Rondônia deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) a Operação Mors para desarticular um grupo de extermínio envolvendo policiais, agentes penitenciários, um jornalista e outros cidadãos que atuavam em Jaru e região do Vale do Jamari. Ao todo estão sendo cumpridos 35 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão, em Rondônia e Mato Grosso, a maioria contra servidores públicos de órgãos da segurança pública do Estado.
Os presos serão ouvidos na sede da PF de Ji-Paraná e encaminhados ao Centro de Correição da Polícia Militar em Porto Velho. Os policiais envolvidos começaram a realizar execuções como forma de justiça privada, assassinando pequenos infratores locais e atuando contra aqueles que de alguma forma poderiam incriminá-los.
Os trabalhos estão sendo desenvolvidos por 250 policiais da PF, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Rondônia e da Justiça Estadual de Rondônia, levaram ao emprego do grupo tático especial da PF, bem como das aeronaves e helicópteros da Instituição.
Os suspeitos irão responder pelos crimes de extermínio, agiotagem, corrupção, lavagem de dinheiro, abusos de autoridade, ameaças, fraude processual, intimidação de testemunhas, porte, posse e comércio ilegal de armas de fogo, segurança particular ilícita e até tráfico de drogas. Um advogado e um policial civil também foram conduzidos para prestar esclarecimentos. Somadas as penas podem chegar a mais de 70 anos de prisão.
Mais de 100 assassinatos estão sendo investigados como sendo de autoria do grupo. Entre as vítimas da organização crimosa estão um juiz e um promotor da região do Vale do Jamari. As outras vítimas eram testemunhas dos crimes cometidos pelos policiais ou pessoas endividadas, que não conseguiam pagar seus débitos.
Pelo menos 10 mortes já foram confirmadas como sendo do grupo que seguia o mesmo ritual. Segundo a PF, dois homens em uma moto preta atuavam no momento da execução, por isso os crimes ficaram conhecidos como ‘assassinatos da moto preta’. Há informação de que outras autoridades judiciais e da Polícia Militar também tenham sido alvo da organização.

Fonte: G1

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