Servidores da PF realizam ato nacional em São Paulo

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Em greve há 52 dias, cerca de 350 servidores da Polícia Federal (PF) realizaram nesta quinta-feira um ato nacional pela reestruturação da carreira e salarial em frente ao Monumento às Bandeiras, na região do Parque do Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo. O ato contou com a presença de policiais federais da capital e do interior paulista, do Paraná, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. A categoria é a única do funcionalismo público federal ainda paralisada.

Com faixas, bandeiras e camisetas com a inscrição “SOS Polícia Federal”, os servidores carregaram um piano e realizaram um “SOS humano” no jardim ao lado do monumento. A manifestação contou, ainda, com um elefante branco batizado “inquérito policial”, uma alusão a outra reivindicação da categoria, pela reformulação ou até mesmo a extinção dessa modalidade de investigação, considerada burocrática e ineficiente.

– Essa manifestação é um resumo de todas as ideias que tivemos em todo o país ao longo desses 52 dias de greve. Queremos a reestruturação da carreira e também dos salários, que são de nível médio para agentes com nível superior. O governo diz que a mesa de negociações está aberta, mas não apresenta nada novo. Repito que só o reajuste salarial de 15% não é suficiente. Queremos reestruturação na carreira – diz Alexandre Sally, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf).Sally ainda acusa o governo federal de ser uma ditadura judicial, já que o Executivo tem recorrido várias vezes ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para enfraquecer o movimento. O presidente do Sindpolf garantiu que a categoria cumprirá a determinação da Corte de manter efetivo de 100% em suas atividades de plantão em portos e aeroportos, assim como nas demandas da Justiça Eleitoral em razão das eleições municipais.

A manifestação de servidores da PF aconteceu simultaneamente a um ato da ONG ambiental SOS Mata Atlântica, que espalhou vários crucifixos pelo gramado ao lado do Monumento às Bandeiras. Cada símbolo representava a condecoração de uma árvore pela resistência ao urbanismo descontrolado de São Paulo. Alguns servidores da PF aproveitaram a manifestação da ONG e posaram ao lado dos crucifixos para os fotógrafos presentes.

– (as árvores) São as veteranas de guerra, algumas com mais de 100 anos, que resistiram a essa urbanização e a toda a destruição da Mata Atlântica. Bom que coincidiu das manifestações acontecerem no mesmo dia – ressalta Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica.Autor: Leonardo Guandeline 
Fonte: Agência O Globo

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